20 anos.

Um ano antes de Tormenta eu tinha aprendido o que era RPG. Tinha me mudado pra outro município. Não tinha mais amigos, escola diferente. Aquela história padrão de filme adolescente.

“Você joga rpg?”

Entre não fazer ideia do que eram aquelas três letras e ser um apaixonado foi muito rápido.

Era um município pequeno. Não tinha muita gente que jogava.

A dragão era quase um amigo pra conversar. Eu lia aquelas páginas e ficava maluco. Totalmente maluco.

E era uma sensação sem igual. A livraria da minha cidade se chamava “Coliseu”. Imaginem. Ir ao coliseu comprar a Dragão nova.

E aí publicaram a edição 50.

Pro meu grupo foi uma coisa incrível. Na época a gente usava um cenário nosso. Era um mapa do Brasil virado ao contrário. Começamos a somar o que tinha saído na Dragão 50 ao nosso cenário, que virou uma ilha próxima de Arton.

20 anos. Tem 20 anos que Arton faz parte da minha vida.

Quando eu entrei na faculdade, em 2006, foi um negócio meio traumático. Eu lembro de chegar lá e me sentir mega deslocado.

Até um colega de turma virar pra mim e falar: cara, vi que você faz uns desenhos legais, você já jogou RPG?

Foi a maior campanha que eu mestrei na minha vida. Três anos em Arton. Mestrando pra outras 5 pessoas que nunca tinham conhecido o cenário. Alguns até hoje estão aí, jogando no cenário, apoiando no Catarse.

Sou muito grato ao trabalho de vocês. Tenho dificuldades de interação, diversas, e Arton já foi, pra mim, assunto de conversas com mais de um desconhecido.

Três anos de campanha. 20 anos nesse cenário.

E eu quero mais!

Rodolfo Xavier – via Facebook

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